Forças Armadas destroem 2 pistas clandestinas de garimpo na Terra Yanomami
Pistas de garimpo ilegal são detonadas na Terra Yanomami

Uma operação militar conjunta resultou na destruição de duas pistas de pouso clandestinas dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação, realizada pelo Comando Operacional Conjunto Catrimani II, teve como objetivo desarticular estruturas logísticas do garimpo ilegal na região.

Detalhes da Operação Militar

As intervenções ocorreram nos dias 23 e 24 de dezembro, na área próxima ao rio Couto de Magalhães. No dia 23, as forças militares interditaram e detonaram a pista de pouso conhecida como Cavera. Para isso, utilizaram explosivos e realizaram uma infiltração aeromóvel.

No dia seguinte, 24 de dezembro, foi a vez da pista de Labilaska ser interditada e destruída. Segundo as informações divulgadas, esses aeródromos irregulares eram usados para o transporte de equipamentos e suprimentos destinados à extração ilegal de minérios.

Meios e Estratégia Empregados

A operação contou com o emprego de um helicóptero H-60 "Black Hawk" da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave foi fundamental para o deslocamento da equipe de engenharia do Exército até os locais de difícil acesso. Os militares especializados foram os responsáveis pela colocação e detonação dos explosivos que inutilizaram as pistas.

A informação sobre o sucesso da missão foi divulgada oficialmente na sexta-feira, dia 13.

Contexto da Operação Catrimani II

A Operação Catrimani II é uma iniciativa do Ministério da Defesa que está em curso desde abril deste ano. Seu foco principal é o combate ao garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami. A ação é realizada de forma conjunta por:

  • Órgãos de Segurança Pública
  • Agências governamentais
  • Forças Armadas

Todo o trabalho é coordenado com a Casa de Governo do estado de Roraima.

A Crise na Terra Yanomami

A Terra Indígena Yanomami, com seus 9,6 milhões de hectares, é a maior do Brasil em extensão territorial. Localizada entre os estados do Amazonas e Roraima, ela abriga aproximadamente 31 mil indígenas, distribuídos em 370 comunidades.

O território vive uma grave emergência de saúde pública desde janeiro de 2023. Após a posse do presidente Lula, o governo federal iniciou uma série de ações para atender a população local, incluindo o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Paralelamente, intensificou o envio de forças de segurança para a região com o objetivo de frear e desmantelar as atividades dos garimpeiros ilegais.