Uma pesquisa realizada pelo instituto Quaest, divulgada neste sábado (20), trouxe um retrato dos sentimentos dos brasileiros em relação ao Natal de 2024. O estudo aponta que, para a grande maioria, as discussões políticas não devem interferir nas celebrações familiares, embora uma parcela significativa demonstre preocupação com o impacto da economia nas festas de fim de ano.
Política na mesa de Natal: receio é minoria
De acordo com os dados coletados, 21% dos entrevistados declararam ter algum ou muito receio de que debates políticos possam atrapalhar a harmonia do Natal. Esse percentual se divide entre 11% que têm "algum receio" e 10% que têm "muito receio". A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em contrapartida, a esmagadora maioria, 76% dos brasileiros, afirmou não ter nenhum receio de que a política cause problemas durante as festas. Outros 3% não souberam ou não responderam. Os números se mantiveram praticamente estáveis em relação a uma pesquisa similar realizada em dezembro do ano passado.
A percepção de que a política não terá influência no Natal é compartilhada por 87% dos entrevistados. Apenas 11% acreditam que algum parente deixará de comparecer aos encontros familiares por motivos políticos.
Economia pesa mais que política no espírito natalino
Enquanto a política não é uma grande preocupação para a maioria, o cenário econômico parece influenciar mais diretamente os planos para o Natal. A pesquisa da Quaest investigou a percepção sobre a ceia e a compra de presentes.
Quanto à ceia, 37% dos brasileiros acreditam que a refeição de Natal será menos farta do que a do ano anterior. Para 36%, a fartura será igual, e 23% são mais otimistas, achando que a ceia será mais farta.
Na hora de presentear, o cenário é ainda mais austero: metade da população (50%) afirmou que vai comprar menos presentes neste ano. Apenas 27% pretendem comprar a mesma quantidade, e 19% planejam comprar mais.
Reencontro familiar permanece como tradição forte
Apesar das preocupações econômicas, a tradição de se reunir com a família se mantém firme. 85% dos brasileiros disseram que pretendem se reunir com a família neste Natal, enquanto 13% não têm essa intenção.
A pesquisa Quaest ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 11 e 14 de dezembro. O estudo tem um nível de confiança de 95%, o que significa que há uma alta probabilidade de os resultados refletirem a opinião da população brasileira como um todo.
Os dados revelam um país que, mesmo diante de um ano economicamente desafiador e de polarizações políticas, busca preservar o Natal como um momento de união e convívio familiar, priorizando os laços afetivos sobre as divergências ideológicas.
