O corpo da pesquisadora Roberta dos Reis Constantin, de 21 anos, foi localizado na manhã deste domingo no Rio Jacuí, no município de Dona Francisca, no Rio Grande do Sul. A jovem havia desaparecido na última terça-feira após cair nas águas do rio durante um trabalho de coleta de amostras para análise.
Detalhes do acidente durante coleta de água
Roberta realizava uma atividade de campo com outros dois pesquisadores, coletando amostras de água do Rio Jacuí. Segundo informações do coordenador dos bombeiros voluntários de Agudo, Fabiano Machado, a estudante estava posicionada em uma rampa de acesso ao porto quando o acidente aconteceu.
Ela teria perdido o equilíbrio ao tentar pegar uma amostra utilizando um balde preso a uma corda. Um colega que estava no local tentou socorrê-la imediatamente, mas não obteve sucesso devido às condições do rio.
Roupa especial contribuiu para a tragédia
De acordo com os bombeiros, um fator agravante foi o tipo de vestimenta que Roberta usava. Ela estava com uma roupa pantaneira, acoplada a uma bota, que encheu de água e a fez afundar mais rapidamente, aumentando o peso e dificultando qualquer possibilidade de flutuação ou resgate.
A jovem era agente técnica da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e cursava química na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sua atividade no rio fazia parte de suas funções na fundação ambiental.
Cinco dias de buscas e localização do corpo
As equipes de resgate realizaram buscas intensivas durante cinco dias. Na manhã de hoje, um pescador avistou o corpo da pesquisadora no meio do rio. O corpo estava a aproximadamente 2,7 quilômetros de distância do local onde ela caiu, sendo carregado pela correnteza.
"O corpo estava no meio do rio, descendo rio abaixo, navegando pela correnteza. Então ele puxou até uma das margens e acionou as autoridades policiais", explicou Fabiano Machado.
Após o acionamento, socorristas foram ao local para retirar o corpo e encaminhá-lo ao Instituto de Medicina Legal (IML) para os procedimentos legais. O UOL tentou contato com a Polícia Civil e com a Fepam para mais informações, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta matéria.
A tragédia levanta questões sobre os protocolos de segurança em trabalhos de campo realizados por pesquisadores e agentes ambientais, especialmente em atividades que envolvem o manejo de recursos hídricos em condições potencialmente perigosas.