A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou oficialmente um reajuste no valor das passagens do transporte público municipal. A mudança foi publicada no Diário Oficial da cidade nesta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, e entrará em vigor na primeira semana do próximo ano.
Detalhes do Reajuste Tarifário
A partir do dia 4 de janeiro de 2026, o valor da passagem de ônibus no Rio passará a custar cinco reais. O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e representa um aumento de trinta centavos em relação ao valor anterior. A determinação abrange todos os modais de transporte público geridos pelo município.
Os meios de transporte afetados pela nova tarifa são:
- Ônibus convencionais
- BRT (Bus Rapid Transit)
- VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
- Vans
- Os chamados "cabritinhos"
Um ponto importante destacado no decreto é que, apesar do usuário pagar R$ 5,00, as empresas concessionárias receberão o valor de R$ 6,60 por cada passagem. A diferença de R$ 1,60 será subsidiada pela Prefeitura do Rio.
Subsídio e Métrica de Receita
O decreto também estabelece o novo valor do Indicador de Receita por Quilômetro (IRK), métrica fundamental para o cálculo do tráfego de passageiros. Este indicador foi fixado em nove reais.
Com base nesse cálculo, a administração municipal terá que desembolsar um subsídio tarifário de R$ 3,06 para cada passagem vendida, destinado diretamente às empresas operadoras do sistema.
Contexto de Tensão com as Empresas
A publicação do aumento ocorre em um momento de atrito entre o poder público e as concessionárias. Um dia antes do anúncio, duas empresas de ônibus iniciaram uma paralisação parcial na cidade. O motivo alegado foi a falta de combustível para abastecer a frota.
A interrupção do serviço afetou aproximadamente 60 veículos, que ficaram parados nas garagens por falta de diesel. As linhas impactadas conectam principalmente a região do Centro da cidade às Zonas Sul e Norte.
Na ocasião, representantes das empresas apontaram que a redução do subsídio repassado pela prefeitura foi uma das causas do problema. A gestão municipal, por sua vez, rebateu a alegação, afirmando que todos os pagamentos estão sendo realizados em dia.
A medida reacende o debate sobre o custo da mobilidade urbana para o carioca e os desafios financeiros para manter a operação do sistema de transporte público na capital fluminense. O reajuste, embora anunciado, promete gerar discussões sobre o impacto no orçamento das famílias no início de 2026.