Trump a Maduro: 'Se quiser bancar o durão, será a última vez'
Trump ameaça Maduro e exige sua saída do poder

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um duro aviso ao líder venezuelano Nicolás Maduro nesta segunda-feira (22), sugerindo que seria uma decisão sábia deixar o poder após 12 anos no comando do país. A declaração foi feita em meio a uma escalada de tensões que inclui ameaças militares e um bloqueio à atividade petroleira do país sul-americano.

O Ultimato de Trump e a Resposta Imediata de Maduro

Questionado por jornalistas se a pressão exercida sobre Caracas tinha como objetivo final a saída de Maduro, o mandatário americano foi direto. "Isso depende dele, do que ele quer fazer. Acho que seria inteligente se ele o fizesse", afirmou Trump. Em seguida, acrescentou uma ameaça velada: "Se ele [Maduro] quiser fazer alguma coisa, bancar o durão, será a última vez".

A reação do governo venezuelano não demorou. Através de um discurso televisionado, Nicolás Maduro rebateu as declarações, aconselhando Trump a cuidar dos problemas internos dos Estados Unidos. "O presidente Trump estaria melhor no seu país e no mundo", disse Maduro, enfatizando que o líder americano deveria se ocupar das questões econômicas e sociais de sua própria nação.

Contexto de Tensão: Bloqueio Naval e Ameaças Militares

As trocas de farpas ocorrem em um cenário de crescente hostilidade. Desde meados de 2025, os Estados Unidos mantêm uma presença militar significativa no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, próximo à Venezuela. Essas forças realizam operações justificadas como "combate ao narcotráfico", que já resultaram em ataques mortais a embarcações na região.

Além disso, Washington impôs um recente bloqueio à atividade petroleira venezuelana, uma medida com impactos severos. Nesta terça-feira (23), o governo de Maduro alertou que o bloqueio naval contra a entrada e saída de navios petroleiros afetará o fornecimento de energia para a capital, Caracas, e pode gerar consequências em escala global.

Alerta Global e Consequências Imprevisíveis

Em uma carta oficial, Nicolás Maduro posicionou o conflito como uma ameaça à estabilidade internacional. "A energia não pode se tornar uma arma de guerra ou um instrumento de coerção política", declarou o chefe de Estado.

Maduro foi além, fazendo um alerta sombrio sobre os rumos que a situação pode tomar: "Se o uso unilateral da força, a execução de civis, a pirataria e a pilhagem dos recursos de Estados soberanos forem tolerados, o mundo caminhará para um cenário de confronto global de proporções imprevisíveis". Ele ainda instou líderes regionais e organizações internacionais a tomarem uma posição mais incisiva diante da crise.

O impasse entre Trump e Maduro, portanto, transcende uma simples disputa bilateral. Coloca em jogo o fornecimento global de energia e levanta questões profundas sobre soberania e o uso da força na política internacional, com um futuro incerto para a Venezuela e para as relações nas Américas.