Don Jr. mira Casa Branca: ambições presidenciais e o papel da nova esposa
Filho de Trump planeja candidatura e novo casamento

O cenário político norte-americano já começa a se desenhar para além do mandato atual, e um nome familiar surge com força nas especulações: Donald Trump Jr., o filho mais velho do ex-presidente, demonstra ambições claras de um dia ocupar a Casa Branca. Seus planos pessoais, incluindo um próximo casamento com Bettina Anderson, se misturam às análises sobre seu futuro político em um momento de redefinição para o Partido Republicano.

Ambientes pessoais e políticos em transição

A vida pessoal de Don Jr., como é amplamente conhecido, está em evidência. Ele anunciou seu noivado com Bettina Anderson, uma socialite de 37 anos criada no ambiente de luxo de Palm Beach. O anúncio, feito em dezembro de 2025, não passou despercebido pelos críticos, que rapidamente apontaram seu histórico de relacionamentos com homens mais velhos e abastados.

Este será o segundo casamento do herdeiro presidencial, que tem cinco filhos com sua ex-esposa, Vanessa Trump. Apesar do divórcio, Vanessa mantém uma relação cordial com a família Trump. Curiosamente, ela recebeu a aprovação do ex-sogro, Donald Trump, quando começou a namorar o golfista Tiger Woods, um amigo do ex-presidente.

Bettina Anderson se encaixa no que se poderia chamar de "visual Mar-a-Lago": imponente, com aparência cuidada e acostumada a círculos sociais de elite. Diferente de sua antecessora, Kim Guilfoyle – que era uma voz política ativa e foi recompensada com a embaixada na Grécia pelo ex-sogro –, Bettina não é conhecida por discursos políticos. Seu terreno é a filantropia e a vida social de alto padrão.

As chances de uma candidatura presidencial

Mas a grande questão é: quais são as reais chances de Donald Trump Jr. se tornar presidente? Ele mesmo já declarou que atenderia "ao chamado" se surgisse. Seu apoio é mais forte entre o eleitorado masculino e jovem, uma base valiosa. No atual firmamento republicano, ele ocupa um papel crucial: o de "filtro da pureza ideológica" do movimento MAGA, sendo uma voz mais agressiva e pronunciada que a do próprio pai em defesa desses ideais.

No entanto, o caminho é cheio de obstáculos. Para 2028, especula-se que Donald Trump possa endossar seu vice-presidente, JD Vance, em vez do filho. Além disso, Don Jr. carrega uma rejeição significativa entre eleitores centristas, um problema espelhado, com sinal invertido, por potenciais candidatos democratas como Gavin Newsom e Kamala Harris.

O cenário desafiador de 2028

O panorama para as próximas eleições presidenciais não parece animador para nenhum dos partidos. Uma onda de insatisfação com questões econômicas pesa sobre a administração. Segundo dados do RealClearPolitics, a aprovação de Donald Trump em dezembro de 2025 era de 43,9%, contra 53,4% de desaprovação. Em temas sensíveis como a economia, apenas 31% dos americanos aprovam sua gestão.

Outras frentes também mostram desgaste. A política de imigração, inicialmente popular, perde apoio devido a ações percebidas como excessivas. As tarifas comerciais aumentadas têm a reprovação de 61% dos cidadãos, conforme pesquisa do instituto ligado à Universidade de Chicago.

O campo democrata, por sua vez, também carece de nomes unanimemente cativantes. Tanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, quanto a ex-candidata à vice-presidência, Kamala Harris, são vistos como figuras com dificuldade de atrair o centro do eleitorado.

Donald Trump Jr. sabe que não pode reproduzir o carisma único e disruptivo de seu pai, que foi eleito duas vezes apesar – ou por causa – da rejeição do establishment. Sua trajetória será diferente. Enquanto isso, seu noivado com Bettina Anderson é mais um capítulo na construção de uma imagem pública que tenta equilibrar a herança familiar, a lealdade à base MAGA e a aceitação em um espectro político mais amplo. A estrada até 2028 é longa, e o sucesso dependerá muito mais da conjuntura política e econômica do país do que de qualquer marketing pessoal.