EUA firmam acordo militar com Paraguai para treinamento e cooperação
Acordo prevê presença de militares dos EUA no Paraguai

Os governos dos Estados Unidos e do Paraguai oficializaram nesta semana um acordo que permite a presença de militares norte-americanos em território paraguaio. O anúncio, feito na terça-feira, 16 de dezembro de 2025, tem como objetivo principal fortalecer a segurança regional e a parceria estratégica entre as duas nações.

Foco em treinamento e assistência, não em bases permanentes

Um ponto crucial esclarecido por ambos os governos é que não haverá a instalação de bases militares americanas permanentes no Paraguai. A iniciativa está centrada em operações específicas de cooperação. Conforme os termos do acordo, a presença dos militares dos Estados Unidos terá foco em três pilares principais: missões de treinamento conjunto, cooperação em operações e assistência humanitária em situações de desastres ou emergências.

Essa distinção é significativa e busca acalmar possíveis tensões geopolíticas na região, reafirmando o caráter de parceria e não de ocupação ou estabelecimento de uma presença bélica fixa. A medida é vista como uma forma de os Estados Unidos aprofundarem seus laços de defesa com um aliado sul-americano.

Contexto regional e fortalecimento de laços

O acordo ocorre em um momento de reavaliação das estratégias de segurança e das alianças internacionais. Para o Paraguai, a parceria reforçada com os Estados Unidos representa uma oportunidade de modernizar suas forças armadas por meio de treinamento especializado e de aumentar sua capacidade de resposta a crises. Para Washington, o movimento fortalece sua rede de cooperação de segurança no continente.

A iniciativa, conforme comunicados oficiais, busca fortalecer a segurança regional, indicando um interesse comum em estabilidade e capacitação para enfrentar desafios transfronteiriços. A cooperação em assistência humanitária também destaca um aspecto menos beligerante e mais voltado para a proteção civil, que pode incluir respostas a desastres naturais ou outras emergências que requeiram logística e expertise militar.

Implicações e próximos passos

A assinatura do acordo é um passo formal que abre caminho para o planejamento e a execução de atividades conjuntas futuras. A implementação provavelmente envolverá o deslocamento rotativo de contingentes norte-americanos para exercícios específicos e programas de intercâmbio, sem configurar uma instalação militar fixa e permanente sob bandeira dos EUA.

Especialistas em relações internacionais observam que acordos desse tipo podem influenciar o equilíbrio diplomático na América do Sul, reforçando os laços bilaterais entre Assunção e Washington. O sucesso da cooperação dependerá da transparência na execução das atividades e do respeito à soberania do país anfitrião, como enfatizado nas declarações iniciais.

Enquanto isso, os governos seguem alinhados na mensagem de que se trata de uma parceria para capacitação e resposta a emergências, afastando-se de qualquer interpretação que aponte para uma militarização da região ou para a criação de novas bases estrangeiras no coração da América do Sul.