O presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Rocha, tornou-se foragido da Justiça neste sábado, 27 de dezembro de 2025. Ele era um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de prisão domiciliar contra dez condenados por tentativa de golpe de Estado.
Operação da PF e a ordem do STF
A ação policial foi deflagrada após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A Primeira Turma do STF já havia condenado os dez indivíduos pelos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Os mandados judiciais, portanto, autorizavam a prisão domiciliar dos investigados.
Os agentes federais iniciaram as diligências para localizar e cumprir os mandados em endereços conhecidos. No entanto, durante a execução da operação, Carlos Cesar Rocha não foi encontrado em seu domicílio ou em outros locais possíveis. A partir desse momento, as autoridades passaram a considerá-lo oficialmente foragido.
Busca intensificada e novo pedido ao Supremo
Com a constatação da fuga, a Polícia Federal intensificou as buscas pelo presidente do IVL. A situação também levou a corporação a preparar um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que o STF, diante do novo status de Rocha, determine a sua prisão preventiva.
A prisão preventiva é uma medida mais severa, decretada quando há riscos à ordem pública ou à instrução processual, como a possibilidade de o acusado fugir ou dificultar as investigações. O fato de ele já estar foragido fortalece o argumento para essa alteração na medida cautelar.
Contexto e próximos passos
Os dez condenados, incluindo Carlos Cesar Rocha, foram processados e julgados no âmbito de inquéritos que apuram atos antidemocráticos e tentativas de desestabilização do Estado. A operação deste sábado marca mais uma etapa na aplicação das penas definidas pela Justiça.
Enquanto nove dos alvos foram localizados e tiveram a prisão domiciliar decretada cumprida, a ausência de Rocha mudou o foco da PF. Agora, além de buscar sua localização, as forças de segurança aguardam a decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o pedido de prisão preventiva, o que deve ampliar os poderes de investigação e captura.
O caso segue sob sigilo judicial, e novos desdobramentos devem ser comunicados pelo STF e pela Polícia Federal nas próximas horas.