Câmara aprova regras para comitê gestor da reforma tributária
Câmara aprova regras do comitê da reforma tributária

Os deputados federais deram um passo decisivo na segunda etapa da regulamentação da reforma tributária nesta segunda-feira, 15 de julho. O plenário da Câmara aprovou o texto-base do projeto de lei que define as regras de funcionamento do comitê gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), um dos pilares centrais da nova arquitetura fiscal do país.

Resultado da votação e próximos passos

A proposta foi aprovada com ampla margem de votos. 330 parlamentares votaram a favor, enquanto 104 se posicionaram contra. O registro da sessão também apontou que 77 deputados estavam ausentes no momento da decisão. Com a aprovação do texto-base, o projeto segue para a análise de possíveis emendas em plenário, antes de ser encaminhado ao Senado Federal.

O papel crucial do comitê gestor

O comitê gestor do IBS será um órgão fundamental na nova fase do sistema tributário. Sua principal atribuição será administrar e fiscalizar a arrecadação e a distribuição do Imposto sobre Bens e Serviços, que unificará cinco tributos atuais: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A definição clara de suas regras de composição e funcionamento é considerada essencial para a transição e implementação bem-sucedida da reforma.

Contexto e importância da medida

Esta votação representa a concretização de mais uma etapa da Emenda Constitucional 132, que aprovou a reforma tributária em 2023. A criação de um comitê gestor forte e bem estruturado é vista por especialistas como vital para garantir a neutralidade fiscal entre os estados, evitar guerras fiscais e assegurar que a transição para o novo modelo seja tecnicamente sólida e transparente. A expectativa é que a regulamentação completa traga mais previsibilidade para empresas e contribuintes.

O avanço do projeto na Câmara dos Deputados demonstra a continuidade dos trabalhos para operacionalizar a maior mudança no sistema tributário brasileiro das últimas décadas. A atenção agora se volta para o Senado, onde a proposta será submetida a nova análise.