O ano de 2025 consolidou a renda variável como a grande campeã dos investimentos no Brasil, com o ouro e os principais índices acionários apresentando performances expressivas. Enquanto isso, ativos tradicionalmente voláteis, como o dólar e o bitcoin, fecharam o período no vermelho, conforme levantamento exclusivo da consultoria Elos Ayta.
Ouro brilha e ações disparam em ano de juros altos
O grande destaque positivo do ano foi, sem dúvida, o ouro. O metal, conhecido por ser um porto seguro em momentos de instabilidade, apresentou uma valorização extraordinária de 65% em 2025. Esse desempenho superou com folga todos os outros ativos analisados, reforçando seu papel de refúgio para os investidores.
Logo atrás, os índices de ações da B3 mostraram força. O Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário brasileiro, registrou uma alta de 33,9% no acumulado do ano. Esse resultado é mais que o dobro do rendimento do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que ficou em 14,2%.
O cenário é ainda mais notável quando se considera o contexto de taxas de juros elevadas. A Selic, taxa básica da economia, atingiu patamares de 15% em 2025, o maior nível em duas décadas. Normalmente, esse ambiente beneficia a renda fixa, mas a bolsa de valores conseguiu entregar um retorno superior.
Small Caps e dividendos também se destacam
Além do Ibovespa, outros índices da bolsa brasileira tiveram performances robustas. O índice Small Caps, que reúne empresas de menor porte listadas na B3, e o IDIV, focado nas maiores pagadoras de dividendos do mercado, também registraram altas na casa dos 30% em 2025. Os dados confirmam que a rentabilidade foi ampla no segmento de ações.
Dólar e Bitcoin: os vilões do ano para o bolso do investidor
Na contramão do bom desempenho geral, apenas dois ativos entre os 13 analisados pela Elos Ayta fecharam o ano com perdas. A moeda americana, o dólar, desvalorizou-se 11% frente ao real em 2025.
Porém, o maior tombo veio da criptomoeda mais famosa do mundo. O bitcoin amargou uma desvalorização de 17% no período, consolidando-se como o pior investimento da lista entre os principais ativos do mercado financeiro brasileiro.
Análise e perspectivas
O levantamento, divulgado no final de dezembro de 2025, mediu as rentabilidades acumuladas dos principais ativos e índices do país. Os números mostram uma clara preferência do mercado por ativos de risco, como ações e commodities, mesmo em um ambiente macroeconômico considerado desafiador devido aos juros altos.
A performance do ouro, em especial, chama a atenção e pode refletir uma busca por proteção em meio a incertezas geopolíticas ou inflacionárias globais. Já o fraco desempenho do bitcoin reforça a extrema volatilidade que ainda caracteriza o mercado de criptoativos.
Para o investidor comum, o ano de 2025 serviu como um lembrete potente da importância da diversificação. Enquanto alguns setores celebraram ganhos expressivos, outros apresentaram perdas significativas, evidenciando que não existe uma única rota garantida para os investimentos.
