25 municípios concentram mais de 1/3 do PIB nacional; veja ranking regional
25 cidades geram mais de um terço do PIB do Brasil

Uma análise recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela a extrema concentração da produção de riqueza no país. Dados do PIB dos Municípios 2022-2023, divulgados na sexta-feira (19), mostram que apenas 25 cidades brasileiras são responsáveis por mais de um terço de toda a economia nacional.

Paulínia e cidades da região se destacam em ranking de riqueza

O estudo traz destaque para municípios da região de Campinas, que figuram entre os 100 maiores PIBs per capita do Brasil. A lista inclui Paulínia, Louveira, Jaguariúna e Vinhedo. O indicador de PIB per capita calcula a riqueza média produzida por cada habitante, obtida pela divisão do PIB total da cidade pela sua população. É uma métrica valiosa para comparações econômicas, embora não reflita diretamente a distribuição de renda entre os cidadãos.

Paulínia se sobressai duplamente: pelo volume absoluto de sua economia e pela riqueza média gerada. Abrigando a maior refinaria de petróleo do Brasil, o município registrou um PIB total de R$ 67,06 bilhões em 2022. Esse valor representa 0,61% do PIB nacional e coloca a cidade na 19ª posição no ranking de maior produção de riqueza do país.

O contraste da riqueza na região

Com uma população de 110.537 habitantes, o desempenho econômico de Paulínia resultou em um impressionante PIB per capita de R$ 606.740,73. Esse número garantiu à cidade a 4ª colocação no ranking nacional desse indicador. Em contrapartida, o levantamento do g1 com base nos dados do IBGE, que abrange 31 municípios da região, mostra que Pedra Bela ocupa a última posição no ranking regional. A cidade tem um PIB per capita de R$ 19.036,76 e um PIB municipal de R$ 124,82 milhões.

A grande disparidade entre os números de Paulínia e Pedra Bela ilustra a desigualdade na distribuição da atividade econômica, mesmo dentro de uma mesma região. Enquanto algumas cidades se beneficiam de grandes indústrias ou polos tecnológicos, outras têm economias de menor escala e impacto.

Concentração econômica é um desafio nacional

O fato de que 25 municípios concentram mais de 35% do PIB brasileiro reforça um padrão histórico de concentração espacial da economia. Essa dinâmica coloca desafios para políticas de desenvolvimento regional e para a redução das desigualdades entre diferentes partes do país. A análise municipal do PIB é um instrumento crucial para que governos e planejadores entendam essas dinâmicas e formulem estratégias para um crescimento mais equilibrado.

Os dados consolidados pelo IBGE servem como um retrato detalhado de onde a riqueza é gerada no Brasil, fornecendo subsídios para investimentos e decisões que podem impactar o futuro econômico de centenas de cidades.