Três primos baleados em confusão com seguranças e PMs em hospital do Acre
Três baleados em confusão com PMs em hospital do AC

Uma discussão envolvendo familiares de um paciente, seguranças privados e policiais militares terminou em tiroteio no Pronto-Socorro de Rio Branco, no Acre, na última sexta-feira (19). O saldo foi de três homens baleados, todos primos, que tiveram que ser atendidos na própria unidade de saúde onde o conflito começou.

Detalhes do conflito e estado dos feridos

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), confirmadas ao g1 no sábado (20), os três feridos são Diego Araújo da Silva, Leandro Araújo da Silva Souza e Raimundo Felipe da Guellere.

O quadro mais grave é o de Diego Araújo da Silva, que precisou passar por cirurgia. Ele segue em estado estável e tem previsão de alta médica nos próximos dias, caso não ocorram complicações na recuperação. Leandro Araújo da Silva Souza recebeu alta médica ainda na noite de sexta-feira (19). Já Raimundo Felipe da Guellere permanece internado sob observação dos médicos.

Como a confusão começou

O incidente teve início quando familiares acompanhavam o pai de Leandro, que estava internado na semi-intensiva do hospital após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo relatos de testemunhas colhidos pela reportagem, funcionários do PS orientaram a família a deixar um setor restrito da unidade, o que teria gerado o primeiro desentendimento.

A discussão, no entanto, não terminou dentro do hospital. Ela se estendeu para a área externa do Pronto-Socorro, onde os seguranças do local acionaram a Polícia Militar do Acre (PM-AC). Durante a abordagem policial, um novo conflito eclodiu, resultando nos disparos que atingiram os três primos.

Versões conflitantes e investigação

Em nota divulgada na sexta-feira (19), a Sesacre e a PM afirmaram que o tumulto foi causado por tentativas de acesso a setores restritos do hospital, o que exigiu a atuação das equipes de segurança e o acionamento da polícia.

Por outro lado, familiares das vítimas contestam a versão oficial. Eles criticam a abordagem policial e alegam que houve excesso de força por parte dos agentes. O caso segue sob apuração das autoridades competentes para esclarecer as circunstâncias exatas do tiroteio.

O episódio levanta questões sobre protocolos de segurança em ambientes hospitalares e sobre o uso da força em situações de conflito, especialmente em locais que abrigam pessoas em situação de vulnerabilidade.