Um padrasto está sob investigação da polícia após ser acusado de agredir o enteado, uma criança de apenas três anos de idade. O episódio violento ocorreu durante uma celebração católica realizada no último domingo (28), no Morro do Ouro, localizado no município de Apiaí, interior do estado de São Paulo.
Momento da prisão e relatos das testemunhas
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Apiaí foi acionada para atender a uma ocorrência de possível violência contra uma criança. Segundo informações repassadas ao g1, testemunhas que participavam do evento religioso relataram aos guardas que o menino "gritava desesperadamente" enquanto era "agredido violentamente" pelo padrasto. Os fiéis presentes teriam contido o homem até a chegada dos agentes.
Uma imagem registrada no local mostra o momento em que o suspeito e a criança desciam a trilha do Morro do Ouro, sendo conduzidos pelos guardas municipais até a delegacia da cidade para prestar esclarecimentos. A mãe do menor também acompanhou o grupo.
Investigacão em andamento e destino da criança
Na delegacia, o homem foi ouvido pelo delegado responsável, que solicitou a realização de um exame de corpo de delito na vítima. No entanto, não foram constatadas lesões aparentes na criança durante a primeira avaliação. Diante disso, a autoridade policial optou por instaurar um inquérito para aprofundar as investigações, permitindo que o padrasto responda ao processo em liberdade até o seu término.
Paralelamente, os guardas municipais acionaram o Conselho Tutelar do município. O órgão de proteção à criança e ao adolescente determinou a retirada imediata do menor da guarda do padrasto e da mãe. A criança foi então entregue ao pai biológico, garantindo sua segurança enquanto as apurações seguem seu curso.
Repercussão e próximos passos
O caso, que chocou a comunidade local por ter ocorrido em um ambiente religioso, agora depende do andamento das investigações policiais. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) foi contactada pelo g1 para se pronunciar sobre o ocorrido, mas não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
A ausência de lesões visíveis não descarta a possibilidade de ter havido violência, e o inquérito aberto visa justamente apurar todas as circunstâncias do caso. A decisão judicial sobre a guarda definitiva da criança e possíveis medidas restritivas contra o suspeito devem ser definidas conforme avançam as provas coletadas.