Os usuários do transporte coletivo em Belo Horizonte e na Região Metropolitana da capital mineira devem se preparar para um aumento nas tarifas a partir do início de 2026. As passagens de ônibus municipais, do sistema metropolitano e do serviço de táxi-lotação terão reajustes oficializados nesta terça-feira (30) pelos órgãos responsáveis.
Novos valores para o transporte de Belo Horizonte
O aumento para as linhas municipais e para o táxi-lotação entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2026. Já o reajuste no transporte metropolitano por ônibus passa a valer a partir das zero horas do dia 9 de janeiro do mesmo ano.
Para o sistema municipal de Belo Horizonte, o valor da passagem nas linhas diametrais, radiais, troncais, perimetrais e semi-expressas subirá de R$ 5,75 para R$ 6,25. Nas linhas circulares e alimentadoras, o aumento será de R$ 5,50 para R$ 6,00.
Um ponto positivo é a manutenção de importantes benefícios sociais. As linhas do serviço social, que atendem vilas e favelas, continuarão com tarifa zero. Além disso, a gratuidade aos domingos e feriados, uma política já consolidada na capital, permanece intacta.
O serviço suplementar também será ajustado. Os reajustes são os seguintes:
- Grupo 1: de R$ 5,50 para R$ 6,00.
- Grupo 2: de R$ 5,75 para R$ 6,25.
- Grupo 3: de R$ 2,75 para R$ 3,00.
Ajustes no táxi-lotação e no transporte metropolitano
O serviço de táxi-lotação, uma opção importante de mobilidade na cidade, também terá suas tarifas reavaliadas. Na movimentada Avenida Afonso Pena, o valor da passagem passará de R$ 6,35 para R$ 6,90. Já na Avenida do Contorno, a tarifa será reajustada de R$ 6,05 para R$ 6,60.
A Superintendência de Mobilidade do Município (Sumob) determinou que os veículos devem exibir adesivos com os novos valores atualizados no vidro lateral traseiro direito, garantindo transparência aos passageiros.
Para o transporte coletivo metropolitano, que conecta Belo Horizonte a outros municípios da região, o reajuste médio será de 8,93%. O aumento atingirá todas as 636 linhas atualmente em operação no sistema. Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), a atualização é anual e está prevista nos contratos de concessão.
A resolução estadual também traz uma determinação sobre o troco: durante a vigência da norma, o valor máximo de troco que os passageiros poderão receber será de até R$ 50.
Base legal e impactos
Os aumentos foram formalizados por meio de portarias da Sumob, para o município, e de uma resolução da Seinfra, para o sistema metropolitano. Esses ajustes fazem parte da revisão periódica das tarifas, que busca equilibrar os custos operacionais do sistema com a acessibilidade para a população.
A manutenção da gratuidade em dias específicos e para linhas sociais demonstra um esforço para mitigar o impacto financeiro sobre os usuários mais vulneráveis. No entanto, o reajuste representa um custo adicional no orçamento familiar de milhares de pessoas que dependem do transporte público para suas atividades diárias.
Com a proximidade da data de vigência, é esperado que os órgãos de mobilidade e as empresas operadoras realizem campanhas de divulgação para informar a população sobre os novos valores e evitar transtornos no início de 2026.
