A tragédia atingiu uma família na última segunda-feira, 22 de abril, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. Kelli Larissa Chiele, uma jovem de apenas 26 anos, perdeu a vida após sofrer uma parada cardiorrespiratória dentro do próprio carro, na garagem do condomínio onde residia.
Uma tentativa frustrada de chegar ao hospital
De acordo com relatos, Kelli começou a sentir fortes dores no peito e falta de ar. Decidida a buscar ajuda, ela se dirigiu ao seu veículo para ir ao hospital. Preocupada, ainda dentro do carro, ela fez uma ligação telefônica para a sogra, que era a mãe de seu namorado.
A mulher se deslocou imediatamente até o local, mas ao chegar encontrou a jovem já desacordada. A situação era crítica: Kelli apresentava os lábios e os dedos arroxeados, um claro sinal de falta de oxigenação. Foi então que a sogra, em desespero, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Os socorristas lutaram pela vida dela por 27 minutos
Os profissionais de saúde que atenderam a ocorrência tentaram reanimar Kelli por vinte e sete minutos, mas todos os esforços foram em vão. A parada cardiorrespiratória foi fatal e a jovem não resistiu, falecendo no próprio local do ocorrido.
O namorado de Kelli, em entrevista, descreveu o momento do achado: "Quando minha mãe chegou, ela já estava desmaiada, sem vida, no carro com a porta aberta, dedos e boca roxa. Minha mãe desesperada gritou ajuda, chamaram o Samu, mas não foi a tempo suficiente".
Histórico de sintomas e a vida interrompida
Os relatos indicam que os primeiros sinais de alerta surgiram na quinta-feira anterior, dia 17. Na ocasião, Kelli reclamou de dores no peito e falta de ar. Os sintomas se repetiram no domingo, 21, o que levou o casal a conversar sobre a necessidade de ela consultar um médico na segunda-feira, 22. Infelizmente, a fatalidade aconteceu antes que esse plano fosse colocado em prática.
O namorado destacou que Kelli nunca teve problemas graves de saúde conhecidos e era totalmente contra o uso de substâncias como anabolizantes. Ela trabalhava como recepcionista em uma academia, onde o parceiro atuava como instrutor, e tinha planos de iniciar a faculdade de Educação Física em breve.
Amante da dança, do canto e especialmente apegada à sua cachorra, uma golden retriever chamada Cacau, Kelli deixou marcas profundas na vida de quem a conhecia. "Nunca esquecerei da gargalhada dela, do seu sorriso e dos seus olhos esverdeados que eram os mais bonitos do mundo. Era a mulher da minha vida", declarou o namorado, emocionado.
Investigando as causas e o adeus
As autoridades não encontraram nenhum indício de crime no caso. A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas, mas não se manifestaram oficialmente até o momento da publicação das primeiras notícias. A causa da morte, conforme informado pelos bombeiros que atenderam a ocorrência, foi a parada cardiorrespiratória.
O corpo de Kelli Larissa Chiele foi velado na cidade de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, onde seus pais residem, na quarta-feira, dia 24. O caso, ocorrido na segunda, ganhou maior repercussão nacional apenas na sexta-feira, dia 26, deixando uma comunidade em luto e um alerta sobre a importância de buscar atendimento médico diante de sintomas cardíacos, mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis.