Paralisação da 1001 afeta 162 ônibus em São Luís na véspera de Natal
Ônibus da 1001 param em São Luís na véspera de Natal

Na manhã da véspera de Natal, nesta quarta-feira (24), os moradores de diversos bairros de São Luís enfrentaram transtornos no deslocamento. A causa foi a paralisação dos trabalhadores da empresa de transporte 1001, que deixou 162 veículos parados nas garagens.

Motivo da paralisação: salários e benefícios em atraso

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), a decisão de parar as atividades foi tomada devido ao não cumprimento de obrigações financeiras por parte da empresa. Segundo a entidade, estão em atraso o pagamento do 13º salário, do adiantamento salarial e do ticket alimentação dos funcionários.

O sindicato já havia alertado as autoridades sobre a possibilidade de greve. Na terça-feira (23), ofícios foram enviados para a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Secretaria de Estado de Transporte (SET-MA) e Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).

Histórico de problemas e greve anterior

Esta não é a primeira vez que os trabalhadores da 1001 param as atividades por questões salariais. Em novembro, uma greve durou 12 dias, também motivada pela falta de pagamento de salários, benefícios e verbas rescisórias.

Na ocasião, a retomada do trabalho só ocorreu após uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA). A decisão judicial obrigou a Prefeitura de São Luís a realizar o pagamento integral de um subsídio destinado às empresas de transporte público, o que permitiu a regularização dos salários na época.

Impacto e contexto do transporte na capital

A paralisação da 1001 em um dia de grande movimento, como a véspera de Natal, impactou diretamente a rotina de milhares de pessoas que dependem do transporte coletivo para realizar compras de última hora, visitar familiares ou se deslocar para o trabalho.

Vale lembrar que a empresa Expresso Marina também aderiu ao movimento grevista em novembro, retornando às atividades após cinco dias de paralisação, quando os valores devidos foram regularizados. A situação expõe novamente as dificuldades crônicas no setor de transporte público da capital maranhense, afetando a mobilidade urbana e a qualidade de vida da população.