Vendas de Natal 2025 devem crescer 5,4% apesar de juros altos
Vendas de Natal crescem 5,4% em 2025, diz pesquisa

O varejo brasileiro deve encerrar 2025 com um cenário de otimismo moderado durante o período de Natal. Uma pesquisa exclusiva revela que as vendas no fim do ano devem apresentar um crescimento significativo, mesmo diante de um contexto econômico ainda desafiador.

Pesquisa aponta cenário de retomada para o varejo

De acordo com o Índice Geral de Vendas de Natal 2025, elaborado pelo Ibevar em parceria com a FIA Business School, o faturamento do setor deve ter uma retomada. O levantamento, divulgado em 23 de dezembro de 2025, projeta um aumento de 5,4% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O estudo destaca uma mudança importante no comportamento do consumidor. A Black Friday de 2025 registrou uma intensidade promocional menor e uma redução nas intenções de compra, revelando um público mais racional e cauteloso. Essa tendência, contudo, acabou por beneficiar as vendas de fim de ano.

"Parte da demanda que normalmente era antecipada para novembro migrou de volta para o período tradicional das festas", explica a análise. Com isso, o Natal recupera parte de seu protagonismo no calendário comercial.

Smartphones e brinquedos lideram as tendências de crescimento

Claudio Felisoni, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, detalha os números por categoria de produtos. A análise mostra que 69% dos itens avaliados tiveram tendência de crescimento no acumulado entre 2021 e 2025.

Na comparação direta com 2024, um percentual ainda mais expressivo, de 85,5% dos produtos

  • Smartphones e eletrônicos
  • Brinquedos
  • Produtos de cosmética e beleza
  • Artigos de moda
  • Produtos tradicionais de Natal

Renda real em alta amplia poder de compra no fim do ano

O cenário econômico, mesmo com juros elevados e o endividamento das famílias em patamares altos, apresenta sinais de alívio que sustentam a projeção positiva. A pesquisa aponta dois fatores cruciais para o aumento do consumo:

O primeiro é um crescimento de 6% na massa real de pagamentos. O segundo é uma alta de 6% no rendimento médio real dos brasileiros entre 2024 e 2025. Esses dois indicadores se combinam para ampliar o poder de compra disponível para as festas de fim de ano.

Essa melhora na renda real ajuda a contrabalançar as condições de crédito mais restritivas, permitindo que as famílias celebrem o Natal com um fôlego maior no bolso. A retomada, portanto, é impulsionada por fundamentos econômicos mais sólidos, e não apenas por um impulso momentâneo.