Ações brasileiras sobem em NY com foco na arrecadação federal
Ações brasileiras avançam em NY nesta segunda-feira

O mercado financeiro inicia a semana com um movimento de alta para as ações brasileiras negociadas no exterior. Nesta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, o EWZ, fundo que replica o desempenho das principais empresas do Brasil em Nova York, registrava valorização superior a 1% no pregão matinal.

Mercado em modo de final de ano

O cenário, no entanto, é marcado pela tradicional redução no volume de negociações, comum no período que antecede o Natal. Esse fenômeno tende a amplificar a volatilidade, tornando os movimentos mais bruscos e difíceis de sustentar. Futuros dos índices americanos também operavam em alta, mas em patamar mais modesto.

Essa combinação de fatores deixa em aberto se o otimismo visto no exterior será capaz de puxar uma sessão positiva para o Ibovespa, o principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3. A correlação nem sempre é direta em períodos de liquidez reduzida.

Agenda econômica em foco

No radar dos investidores no Brasil, a semana começa com a divulgação de dois importantes termômetros da economia. O primeiro é o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central que compila as projeções do mercado financeiro para indicadores cruciais como inflação, taxa Selic e crescimento do PIB.

Em paralelo, será divulgada a pesquisa Firmus, que capta as expectativas dos empresários do setor produtivo. Esses dados ajudarão a calibrar as perspectivas para a atividade econômica em 2026.

Pressão sobre as contas públicas

Outro ponto de atenção é o expediente normal da Receita Federal, que deve divulgar os números da arrecadação tributária nacional. O dado ganha relevância extra em um momento de sinais de desaceleração econômica, que normalmente se refletem em uma queda na arrecadação de impostos, pressionando ainda mais as contas públicas.

No cenário internacional, os investidores continuam a debater a solidez do rally em torno das empresas de inteligência artificial, avaliando riscos de uma possível bolha especulativa. A tensão geopolítica também segue em pauta, com os Estados Unidos alimentando o risco de um ataque à Venezuela.

No mercado de commodities, o petróleo opera em alta nesta manhã, retornando à marca de US$ 60 por barril, embora permaneça próximo dos patamares mínimos recentes, refletindo preocupações com a demanda global.