2025: O ano em que príncipes desafiaram as coroas e a realeza se transformou
Rebelião real em 2025: príncipes desafiam tradições

O ano de 2025 ficará marcado na história das monarquias modernas como um período de intensa transformação, onde tradições seculares foram desafiadas por dentro. De reconciliações emocionantes a escândalos graves e atos de rebeldia, membros de diferentes casas reais ao redor do mundo escreveram capítulos decisivos para seus futuros e, em alguns casos, para o destino de suas próprias instituições.

Reino Unido: Entre reencontros e rupturas definitivas

Para a realeza britânica, o ano foi um verdadeiro balanço entre luz e sombra. Um dos momentos mais significativos foi o reencontro entre o príncipe Harry e seu pai, o rei Charles III. Após um ano e meio de distanciamento, o encontro foi descrito como íntimo e emotivo, motivado pelo desejo de Harry de estar com o pai diante da incerteza sobre o tempo que lhes resta.

Contudo, nem todas as relações familiares seguiram o mesmo caminho. A relação entre os irmãos do rei parece ter esfriado ainda mais. Paralelamente, o monarca tomou uma decisão drástica em relação ao príncipe Andrew, retirando-lhe os títulos reais. A medida veio após as graves acusações de pedofilia e também pela falta de pagamento do aluguel de residências oficiais.

Em um tom mais positivo, o príncipe William visitou o Brasil. Ele passou pelo Rio de Janeiro e por Belém, onde discursou sobre temas caros à sua agenda: sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.

Escândalos e empreendedorismo: Suécia e Noruega sob holofotes

Na Suécia, a princesa Madalena surpreendeu o público ao anunciar, no início do ano, o lançamento de sua própria marca de cuidados com a pele, a Min Len. A iniciativa, vista como incomum para um membro de uma família real, gerou críticas. A Casa Real sueca precisou se pronunciar, afirmando que autorizou o empreendimento, mas com a condição de que a princesa não utilize seu nome e título oficial nas campanhas publicitárias.

Enquanto a filha embarcava no mundo dos negócios, o rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Silvia aproveitaram o ano para viajar. Em novembro, desembarcaram em Ouro Preto, Minas Gerais. A rainha Silvia, que é filha de brasileiros, demonstrou mais uma vez seu domínio fluente do português durante a visita.

Já a realeza norueguesa foi abalada por um escândalo de grandes proporções. Marius Borg, filho da princesa Mette-Marit, foi acusado de 23 crimes, incluindo estupro. Ele foi preso pela polícia norueguesa após agredir a própria namorada em Oslo. Duas ex-namoradas também apresentaram acusações semelhantes de violência sexual. As investigações sobre os casos seguem em andamento.

No outro extremo da família, a princesa Marta Luísa gerou polêmica ao se casar com um xamã e passar a defender publicamente terapias alternativas. Ela afirma conseguir "ver os anjos", enquanto seu marido comercializa um colar apresentado como salvador. Esses episódios parecem ter afetado a imagem da monarquia: uma pesquisa indicou que o apoio popular, que era de 81%, caiu para 62%.

Espanha: A rebeldia da herdeira mais jovem

Na Espanha, a tensão familiar veio da geração mais nova. A princesa Sofia, de apenas 18 anos, rebelou-se abertamente contra os protocolos da Casa Real. A filha mais nova do rei Felipe VI criticou a mãe, a rainha Letizia, por ser "superprotetora".

Segundo fontes próximas, a jovem princesa começou a fumar e a beber escondido com as amigas. Atualmente, ela estuda fora da residência oficial da família e demonstra pouca vontade de voltar para casa. Seus planos para o futuro imediato incluem iniciar a faculdade longe de Madrid e, acima de tudo, conquistar sua independência financeira, distante do núcleo familiar real.

O ano de 2025 mostrou, portanto, que as coroas não estão imunes às crises familiares, aos anseios das novas gerações por autonomia e aos graves desvios de conduta. As monarquias, instituições milenares, continuam seu caminho de adaptação — por vezes turbulento — aos valores e às exigências do século XXI.