A atriz e comediante Ingrid Guimarães entrou no debate público nesta terça-feira, 23 de dezembro de 2025, para criticar a recente polêmica envolvendo a marca Havaianas e a atriz Fernanda Torres. Em um post em seu perfil no Instagram, Guimarães usou um tom ácido para questionar as prioridades de discussão no país.
O cerne da crítica: um chinelo versus violência
Ingrid Guimarães direcionou seu comentário à reação de políticos e apoiadores de direita, que se irritaram com uma campanha publicitária da Havaianas estrelada por Fernanda Torres. A atriz não detalhou os motivos da irritação, mas focou sua fala na disparidade de atenção dada a diferentes temas.
Em sua publicação, ela escreveu: “Brasil, um país em que um chinelo é mais cancelado do que os homens que assassinam mulheres”. A frase sintetiza sua crítica principal: a comoção em torno de um produto, no caso as sandálias Havaianas, parece superar a indignação e a ação efetiva contra problemas graves e estruturais, como o feminicídio e a violência de gênero.
O contexto da polêmica com a Havaianas
A campanha com Fernanda Torres, que motivou a reação de setores da direita e, posteriormente, o comentário de Ingrid Guimarães, havia se tornado um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nos dias anteriores. Embora o post de Ingrid não entre nos detalhes específicos do que gerou a irritação, ele ressalta o fenômeno do "cancelamento" voltado a uma marca icônica brasileira.
A fala da atriz sugere que, na sua visão, a energia despendida nesse tipo de controvérsia seria melhor aplicada em pautas urgentes. Ela posiciona o debate sobre a Havaianas como um exemplo de discussão de pouca importância, especialmente quando contrastado com a violência letal contra mulheres, um dado alarmante e constante na realidade brasileira.
Uma reflexão sobre o debate público
A intervenção de Ingrid Guimarães vai além do caso específico. Ela propõe uma reflexão sobre os temas que ganham espaço e engajamento no cenário nacional. Para a artista, o Brasil frequentemente se envolve em “debates pouco importantes”, desviando o foco de questões fundamentais que exigem solução.
Sua crítica não é isolada. Muitas vozes no meio artístico e na sociedade civil frequentemente apontam a espetacularização de conflitos menores em detrimento de uma discussão profunda sobre violência, desigualdade e direitos humanos. Ao usar sua plataforma com milhões de seguidores, Ingrid coloca o dedo nessa ferida, questionando a seletividade da indignação pública.
A data da publicação, 23 de dezembro de 2025, marca o momento em que essa crítica ganhou destaque, misturando celebridade, política, consumo e uma pauta social urgente em um único e contundente comentário nas redes sociais.