O Maracanã será palco de um reencontro histórico neste domingo, 21 de dezembro de 2025. Vasco da Gama e Corinthians decidem o título da Copa do Brasil, em um cenário que remete diretamente à final do Mundial de Clubes de 2000, disputada há exatos 25 anos no mesmo estádio sagrado.
Coincidências históricas entre duas finais
As semelhanças entre os dois momentos são impressionantes e vão muito além dos mesmos protagonistas. O palco é idêntico: o Maracanã, que em 14 de janeiro de 2000 recebeu a decisão do primeiro Mundial de Clubes da Fifa e agora sedia o jogo decisivo da Copa do Brasil.
Os uniformes também dialogam com o passado. O Corinthians homenageia os 25 anos do título mundial com camisas da Nike que remetem ao modelo usado em 2000, quando era fornecido pela Topper. Do lado vascaíno, a Kappa, que vestia o clube em 2000, segue como fornecedora técnica em 2025.
A conexão com o passado é ainda mais forte na diretoria do Vasco. Pedrinho, atual presidente do clube, estava no banco de reservas naquela final. Felipe Maestro, hoje diretor-técnico da SAF vascaína, foi titular na partida de 2000 e saiu em campo durante a prorrogação.
Cenário de final única e mais paralelos
Embora a Copa do Brasil seja decidida em partidas de ida e volta, o empate sem gols no primeiro jogo, em São Paulo, transformou o duelo no Maracanã em uma verdadeira final única. Se houver empate no tempo normal ou na prorrogação, a decisão vai direto para os pênaltis.
A data é outra coincidência marcante. A final do Mundial foi no dia 14 de janeiro, enquanto a da Copa do Brasil será em 21 de dezembro. Apenas três semanas separariam os eventos caso ocorressem no mesmo dia do calendário.
Os técnicos também têm histórias cruzadas. Em 2000, Antônio Lopes comandava o Vasco e Oswaldo de Oliveira o Corinthians. Ambos já passaram pelo clube rival em algum momento da carreira. Em 2025, a trama se repete: Fernando Diniz (Vasco) já atuou como jogador pelo Timão, e Dorival Júnior (Corinthians) tem passagem pelo Cruzmaltino.
Até os números das camisas dos capitães ecoam o passado. Em 2000, Edmundo (10) era o capitão do Vasco e Rincón (8) do Corinthians. No primeiro jogo da final de 2025, Philippe Coutinho (10) e Rodrigo Garro (8) exerceram a função. No Corinthians, Maycon, camisa 7, também pode assumir a braçadeira quando é titular.
Jejum de títulos pressiona os dois lados
O duelo no Maracanã carrega o peso da seca de conquistas nacionais para ambos os clubes. O Vasco não levanta uma taça nacional há 14 anos. A última foi justamente a Copa do Brasil de 2011, quando venceu o Coritiba na final. Curiosamente, o técnico do time campeão naquela ocasião era Dorival Júnior, que agora comanda o Corinthians.
O Corinthians, por sua vez, não é campeão nacional desde 2017, quando conquistou o Brasileirão sob o comando de Fábio Carille. A última Copa do Brasil do Timão é ainda mais distante: data de 2009.
A bola rola no Maracanã a partir das 18h (horário de Brasília). Um jogo carregado de história, coincidências e a imensa pressão por um título que pode acabar com longos períodos de espera para uma das duas torcidas. O vencedor leva a taça. Em caso de igualdade, a glória será decidida na loteria dos pênaltis.