A tanzaniana Sisilia Panga escreveu seu nome na história da Corrida de São Silvestre nesta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025. Ela venceu a 100ª edição do tradicional evento, realizado nas ruas de São Paulo, e quebrou uma hegemonia que durava oito anos.
Vitória com drama no final
A atleta dominou grande parte da prova, assumiu a liderança de forma isolada e cruzou a linha de chegada com o tempo de 51 minutos e 6 segundos. O esforço foi tão intenso que, logo após completar o percurso, Sisilia desmaiou e precisou ser carregada pela equipe de apoio.
Esta foi a primeira vitória de uma atleta da Tanzânia na história da São Silvestre. A queniana Cynthia Chemweno terminou na segunda colocação, com o tempo de 52min30s.
Brasileira repete pódio
A grande representante do Brasil na prova foi Nubia de Oliveira Silva. Ela garantiu a terceira posição geral, repetindo o feito do ano anterior, ao completar a corrida em 52 minutos e 42 segundos.
Nubia manteve-se na terceira colocação durante quase todo o percurso, sem sofrer ameaças diretas para a sua posição, assegurando um pódio histórico para o atletismo nacional.
Quebra de hegemonia histórica
A vitória de Sisilia Panga tem um significado especial. As últimas oito edições da São Silvestre feminina haviam sido vencidas por atletas do Quênia. A tanzaniana não apenas venceu, como administrou confortavelmente a segunda metade da prova, encerrando um domínio que parecia absoluto.
A prova começou com a queniana Cynthia Chemweno na liderança, mas por volta do décimo quilômetro, Sisilia Panga fez a ultrapassagem decisiva e passou a correr sozinha na frente, construindo uma vantagem que não seria mais ameaçada.
A 100ª São Silvestre ficará marcada não apenas pelo número redondo, mas pela mudança no panorama do atletismo de rua internacional, com a Tanzânia conquistando o lugar mais alto do pódio e o Brasil mantendo sua presença entre os melhores do mundo.