Um crime de feminicídio chocou a região da Vila Montecelli, em Goiânia, na noite de sexta-feira, 26 de outubro. O suspeito, Djanir Brito Guimarães, de 37 anos, confessou à Polícia Militar ter assassinado a namorada, Natali Vieira Batista, de 33, a facadas dentro de um carro.
Crime ocorreu após discussão no carro
De acordo com o depoimento prestado à polícia, o casal discutiu dentro do veículo. Djanir afirmou que "perdeu o controle" durante a briga e desferiu múltiplas facadas contra Natali. Em vídeo gravado no momento da prisão, o homem declarou não se lembrar quantos golpes aplicou. "Quando eu vi, já tinha acontecido", disse ele, tentando justificar o ato brutal.
As equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e encontraram a vítima com ferimentos de faca no tórax e hematomas no rosto. Os esforços de resgate, no entanto, foram em vão. Natali não resistiu aos ferimentos e morreu no local do crime.
Fuga, prisão e histórico de violência
Após cometer o crime, Djanir fugiu e tentou se esconder na casa de parentes, localizada no Setor Cândida de Moraes. A fuga foi interrompida por policiais do 9º Batalhão e do Giro, que o localizaram e prenderam em flagrante. Durante a ação, a PM apreendeu o carro utilizado na fuga e a faca que teria sido a arma do crime.
Em seu depoimento inicial, o suspeito alegou que desconfiava de uma traição por parte da vítima e confirmou que ambos haviam ingerido bebida alcoólica pouco antes da agressão. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio e resistência à prisão, aguardando os laudos da Polícia Técnico-Científica para complementar as investigações.
O relacionamento entre Djanir e Natali durava aproximadamente dois anos. O histórico do suspeito, no entanto, revela um passado de violência e infrações:
- Antecedentes criminais por roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e homicídio.
- Ex-companheiras registraram boletins de ocorrência contra ele por ameaça e cárcere privado em 2023 e 2024.
- Em outubro de 2024, a própria Natali havia denunciado Djanir por violência doméstica, um alerta que não foi suficiente para evitar a tragédia.
Investigação a cargo da DEAEM
O pai do suspeito foi ouvido como testemunha, pois teria presenciado uma discussão entre o casal momentos antes do ataque fatal. A investigação está sob a responsabilidade da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAEM), que segue apurando todos os detalhes do caso.
O crime reforça o alarmante cenário de violência contra a mulher no Brasil, mostrando um padrão onde agressões anteriores e ameaças frequentemente precedem um desfecho fatal. A sociedade aguarda que a Justiça seja feita enquanto a família de Natali chora a perda irreparável.