A jovem professora Luana Leal Silva Rocha, de 26 anos, vítima de um ataque brutal com gasolina no distrito de Sobradinho, em São Tomé das Letras (MG), não resistiu aos ferimentos e faleceu na noite da última terça-feira (23). Ela estava internada na Santa Casa de Poços de Caldas, hospital referência no tratamento de queimaduras, onde lutou pela vida por várias semanas.
Detalhes do crime e a luta pela vida
O crime aconteceu no dia 5 de dezembro. De acordo com o registro policial, após uma discussão, o namorado de Luana, Kauê Magalhães Justino, de 19 anos, pegou um galão de gasolina e ateou fogo nela. A vítima sofreu queimaduras graves em 60% do corpo. Moradores locais prestaram os primeiros socorros e a levaram ao posto de saúde do distrito, de onde a Polícia Militar foi acionada.
Ainda consciente naquele momento, Luana conseguiu relatar aos policiais o que havia acontecido. A PM encontrou no local do crime um galão de 2 litros com vestígios de combustível, que foi recolhido para perícia.
A internação e a prisão do suspeito
Durante todo o período de internação na Santa Casa de Poços de Caldas, Luana permaneceu sedada, intubada e passou por diversos procedimentos para tratar as lesões extremamente graves. A batalha pela vida, no entanto, chegou ao fim na terça-feira.
O principal suspeito, Kauê Magalhães Justino, apresentou-se na Delegacia de Três Corações três dias após o crime, acompanhado dos pais e de um advogado. Ele optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório e foi liberado na ocasião. Após a coleta de depoimentos e conclusão dos trabalhos periciais iniciais, o jovem de 19 anos foi preso preventivamente no dia 13 de dezembro.
A prisão ocorreu na casa dos pais do suspeito, em Três Corações, onde ele foi localizado e não ofereceu resistência. Kauê foi encaminhado para a Penitenciária da mesma cidade. O g1 tenta contato com a defesa do acusado para obter mais informações.
Um caso de violência que chocou a região
O caso comoveu a região do Sul de Minas e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher. A brutalidade do ataque, utilizando gasolina como instrumento do crime, deixou a comunidade em estado de choque. A morte de Luana, uma profissional da educação com apenas 26 anos, transforma a tragédia em um símbolo doloroso das consequências fatais da violência doméstica.
As investigações continuam sob a responsabilidade da Polícia Civil, que segue apurando todos os detalhes do ocorrido no distrito de Sobradinho.