Uma cena de horror abalou a comunidade de Monte Alegre, no oeste do Pará, no último domingo (28). O corpo em estado de decomposição de uma jovem foi encontrado em uma área de serra no bairro Camarazinho. A vítima foi identificada como Elane Mesquita de Oliveira, de 20 anos, morta por estrangulamento.
Descoberta do crime e prisão do suspeito
O corpo foi encontrado após um policial militar da reserva perceber um odor forte vindo da serra localizada atrás de sua casa. Ao investigar, ele se deparou com a cena trágica e acionou as autoridades. O sargento PM Elno Barreto descreveu a situação como horrível para o município, destacando a dificuldade de identificação inicial devido ao estado avançado de decomposição.
Com a identificação feita pela família, a Polícia Militar rastreou os últimos passos da vítima. As investigações levaram até a casa de um suspeito. Ele tentou fugir ao perceber a chegada dos policiais, mas foi capturado após um cerco ampliado. O indivíduo foi preso e está à disposição da Justiça.
Feminicídio consumado e provas contra o acusado
O delegado responsável pelo caso, Wellington Kennedy, não tem dúvidas sobre a natureza do crime. "Trata-se de um feminicídio consumado, um crime bárbaro, que choca a comunidade montealegrense pela forma como foi praticado", afirmou. O laudo cadavérico confirmou que a morte ocorreu por estrangulamento, com fratura no pescoço.
A polícia acredita que Elane foi morta dentro da casa do suspeito e depois teve seu corpo transportado e abandonado na serra. Apesar das negativas do acusado, as autoridades afirmam ter um conjunto robusto de provas. "Há testemunhas que estavam no local e dão seu depoimento atribuindo autoria e materialidade", explicou o delegado Kennedy.
Outro indício forte é que o suspeito apresenta lesões compatíveis com lesões de defesa, indicando que a vítima lutou pela vida até o último momento. O modus operandi violento e a relação entre vítima e acusado fundamentam a classificação de feminicídio.
Impacto na comunidade e andamento do caso
A brutalidade do crime causou comoção em Monte Alegre. A polícia destacou a atuação integrada do 18º Batalhão Gurupatuba e da agência de inteligência de área para a rápida elucidação e prisão do suspeito. Um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil para aprofundar as investigações e apresentar todas as provas à Justiça.
O caso segue como um triste exemplo da violência contra a mulher, reacendendo o debate sobre a necessidade de combate ao feminicídio no estado do Pará e em todo o Brasil. A comunidade local agora aguarda que a Justiça seja feita.
