O ano de 2025 foi marcado por uma série de acontecimentos trágicos e de grande impacto na região de Itapetininga, no interior de São Paulo. Casos envolvendo segurança pública, saúde e a proteção de crianças e adolescentes chamaram a atenção da população e dominaram as manchetes ao longo dos doze meses.
Mortes que chocaram a comunidade
Dois casos de homicídio abalaram profundamente a cidade. Em outubro, a confissão de um crime brutal veio à tona: uma menina de apenas cinco anos foi encontrada morta no quintal da própria casa. A mãe e o padrasto confessaram o assassinato à Polícia Civil. As investigações revelaram que o corpo da criança, que apresentava sinais de agressões constantes, foi enterrado e coberto com concreto numa tentativa de ocultar o crime. Os suspeitos foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver.
Também em outubro, a violência atingiu um ambiente de saúde. Um médico oftalmologista foi preso sob a suspeita de matar duas pessoas a tiros dentro de uma clínica em Itapetininga. O acusado ainda teria ateado fogo aos corpos das vítimas. Uma terceira pessoa foi baleada e socorrida em estado grave. A arma do crime foi apreendida. O caso gerou forte comoção e levou entidades da área da saúde a se manifestarem, além de abrir investigações sobre a atuação profissional do médico.
Tragédias envolvendo crianças e adolescentes
Além do homicídio da criança de cinco anos, outros dois casos mobilizaram a sociedade em relação aos mais jovens. Em junho, a morte de uma adolescente de 16 anos causou comoção. A jovem desmaiou em casa e foi levada ao posto de saúde do Distrito da Varginha, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A Polícia Civil informou que a adolescente teve um sangramento vaginal durante uma relação sexual consensual com o namorado. O caso foi registrado como morte suspeita, e a família aguardava os laudos do Instituto Médico Legal para esclarecer as causas exatas do óbito.
Já em março, a família de um menino de três anos registrou um boletim de ocorrência após descobrir que a criança havia sofrido duas fraturas na perna direita. A creche onde o menino estudava havia informado inicialmente que se tratava de uma câimbra. Diante do choro incomum, a família levou a criança a um hospital, onde exames confirmaram as fraturas. A Polícia Civil de Cerquilho abriu investigação por lesão corporal, já que a família relatou versões divergentes dadas pela escola. A prefeitura local informou que, no momento do ocorrido, não foram identificados sinais aparentes de queda.
Alerta sobre acidentes domésticos
Um episódio ocorrido em janeiro serviu como alerta para os perigos dentro de casa. Uma jovem de 29 anos precisou ser hospitalizada após misturar produtos de limpeza enquanto lavava o banheiro. A combinação química gerou um gás tóxico. A vítima apresentou dificuldade para respirar, ardência nos olhos, confusão mental, arritmia e baixa oxigenação. Ela foi levada ao Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB) e permaneceu em monitoramento. O caso reacendeu os alertas de especialistas sobre os riscos graves da mistura inadequada de produtos de limpeza.
Esses cinco casos resumem um ano de grandes desafios para a região de Itapetininga, colocando em pauta questões cruciais de segurança, saúde pública e a proteção dos vulneráveis. As investigações policiais seguiram seu curso ao longo do ano, buscando respostas e justiça para as vítimas e suas famílias.