A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) realizou uma operação de grande impacto na última terça-feira (23) em Manacapuru, município do interior do estado, resultando na apreensão de aproximadamente R$ 1,7 milhão em espécie. O montante, segundo as investigações, estava diretamente ligado a um esquema de lavagem de capitais do Comando Vermelho (CV) e seria destinado a financiar a logística da facção criminosa no estado.
Interceptação em agência bancária evitou saque milionário
A ação policial foi deflagrada após informações de inteligência apontarem que um integrante da organização criminosa faria a retirada da vultosa quantia em uma agência bancária da cidade. Com base nessas informações, os agentes se deslocaram até o local e conseguiram impedir o saque do dinheiro, que totalizava R$ 1,7 milhão. Até o momento, a polícia não confirmou se houve prisões durante a operação.
Esquema usava empresas de fachada e "laranjas"
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, em parceria com a PC-AM, os traficantes ligados ao Comando Vermelho operavam um sofisticado mecanismo para ocultar a origem ilícita dos recursos. O método consistia em utilizar empresas de fachada para lavar o dinheiro proveniente de atividades criminosas.
O grupo, que atuava no Amazonas, realizava transferências bancárias em pequenas quantias para pessoas usadas como "laranjas". Essa fragmentação dos valores era uma tentativa de burlar os sistemas de controle financeiro e dificultar o rastreamento pela polícia, mascarando a origem ilegal do capital.
Investigações continuam para identificar rede criminosa
A operação representa um duro golpe na estrutura financeira da facção no estado, mas os trabalhos não param. As investigações seguem em andamento para identificar e prender outros envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro. A polícia trabalha para desvendar toda a rede e a cadeia de comando por trás da movimentação financeira ilegal.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil do Amazonas para questionar sobre possíveis prisões durante a ação. Contudo, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido uma resposta oficial sobre o assunto.