Uma tentativa de introduzir entorpecentes em um presídio usando uma técnica inusitada foi frustrada pelas autoridades penitenciárias do Acre neste fim de semana. Cinco mulheres foram presas ao tentarem ingressar na unidade masculina do Complexo Penitenciário de Rio Branco com drogas ocultas no interior de laranjas.
Operação de revista descobre esquema
O fato ocorreu no último sábado, 27 de abril. De acordo com informações do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), os policiais penais de guarda decidiram submeter o material que seria entregue aos detentos a uma inspeção pelo aparelho de Raio-X. A decisão revelou uma carga ilegal escondida dentro das frutas que as visitantes levavam consigo.
Após a análise do equipamento, foi constatada a presença de substâncias proibidas. As laranjas estavam recheadas com um total de quase dois quilos de drogas. A apreensão específica contabilizou 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e 1 quilo de tabaco.
Contexto de apreensões recentes
Este incidente não é um caso isolado no sistema prisional acreano. Recentemente, uma operação investigou tráfico de drogas no entorno de unidades penitenciárias, resultando na apreensão de cerca de 100 kg de entorpecentes. Além disso, em outra ocasião, maconha foi encontrada escondida dentro de bananas que seriam entregues a presos.
Os agentes penitenciários têm intensificado a vigilância, e esta foi a terceira grande apreensão de drogas em presídios do estado em menos de uma semana, indicando um esforço contínuo para combater a entrada de ilícitos nas unidades.
Desfecho e responsabilização
Diante da confirmação da presença das drogas, as cinco mulheres foram imediatamente conduzidas à Delegacia de Flagrantes (Defla). Elas agora devem responder judicialmente pelo ocorrido, enfrentando as consequências legais pela tentativa de introduzir entorpecentes no sistema carcerário.
A ação reforça os protocolos de segurança adotados pelo Iapen, que incluem o uso de tecnologia como o Raio-X para revistas, sendo fundamental para interceptar tentativas criativas de burlar a fiscalização. O caso serve como alerta sobre os métodos utilizados para o tráfico interno e a importância da constante atualização das medidas de controle de acesso.