Empresário se entrega após suspeita de matar borracheiro em discussão por música alta no Natal
Empresário suspeito de matar borracheiro se entrega em Manaus

Um empresário suspeito de cometer um homicídio durante uma discussão por causa de música alta, no dia de Natal, decidiu se entregar às autoridades policiais em Manaus. O caso, que chocou a comunidade local, ocorreu na manhã do feriado, 25 de dezembro, e teve como vítima um borracheiro.

O crime na manhã de Natal

O fato violento aconteceu na residência da vítima, Sidney da Silva Pereira, localizada na Avenida Camapuã, na Zona Norte da capital amazonense. De acordo com relatos de familiares ouvidos pelo g1, a tragédia começou com uma simples reclamação sobre o volume de um louvor.

Sidney teria colocado uma música em alto volume em uma caixa de som, o que incomodou seu vizinho, o empresário Diogo Marcel Dill. Inconformado com o barulho, Diogo foi até a casa do borracheiro, que também funcionava como borracharia, e pediu que o som fosse desligado.

A vítima, no entanto, apenas diminuiu o volume. Essa atitude teria gerado um desentendimento entre os dois homens, que rapidamente escalou para uma agressão fatal. Sidney foi morto dentro de sua própria casa.

A prisão e a entrega do suspeito

Após o crime, Diogo Marcel Dill tornou-se foragido. A Justiça do Amazonas, por meio do juiz Marcelo Cruz de Oliveira, da Central de Plantão Criminal do Tribunal de Justiça (TJAM), decretou sua prisão temporária por 30 dias na sexta-feira, 26 de dezembro.

O mandado judicial foi expedido, mas outros pedidos da polícia foram negados. O magistrado não autorizou buscas e apreensões em endereços ligados ao empresário nem a quebra de seu sigilo telefônico, por entender que não havia comprovação da necessidade dessas medidas.

Na manhã do domingo, 28 de dezembro, o suspeito resolveu se apresentar espontaneamente. Diogo se entregou na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) de Manaus, onde foi autuado e deve responder pelo crime.

Andamento do caso e contatos

A reportagem do g1 tentou contato com a defesa do empresário Diogo Marcel Dill para obter uma versão sobre os acontecimentos. Entretanto, até o momento da última atualização desta matéria, os advogados não haviam se manifestado publicamente sobre as acusações.

O caso segue sob investigação da polícia civil do Amazonas, que deve apurar todos os detalhes e motivações do crime ocorrido em plena data festiva. A comunidade do bairro Camapuã ainda está em choque com a violência desencadeada por uma discussão aparentemente banal.