Pai e filho presos por acidente fatal em Campina Grande após 3 meses
Pai e filho presos por acidente fatal em Campina Grande

Um pai e seu filho foram presos nesta segunda-feira, 29 de janeiro, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, acusados de envolvimento em um grave acidente de trânsito que resultou na morte de um homem no bairro das Malvinas, em agosto do ano passado. A prisão ocorreu após mais de três meses de investigações conduzidas pela Polícia Civil, que reuniu indícios de crimes de trânsito cometidos pelos dois.

Detalhes do acidente fatal

O incidente ocorreu na Rua dos Avelozes, no bairro das Malvinas, em um sábado, dia 2 de agosto. De acordo com as investigações, pai e filho conduziam dois carros. O filho, que seguia atrás do veículo do pai, tentou uma ultrapassagem e colidiu frontalmente com uma motocicleta que transportava duas pessoas.

As duas vítimas da moto caíram na via. Em seguida, conforme apurou a polícia, o pai, que seguia à frente, não parou. Pelo contrário, seguindo em alta velocidade, atropelou uma das vítimas que estava no chão, o piloto da motocicleta, um homem de 42 anos.

Investigação e tentativa de encobrimento

As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. O homem atropelado, que teve o corpo esmagado, não resistiu aos ferimentos graves e faleceu dias após o acidente.

Inicialmente, o filho, condutor do carro que atingiu a moto, foi preso e liberado. No entanto, a investigação descobriu que, após o acidente, pai e filho modificaram o carro que atropelou a vítima fatal, em uma tentativa de esconder a identidade do motorista responsável pelo atropelamento.

Foi necessário um trabalho detalhado de mais de três meses para que os investigadores conseguissem identificar o veículo e seu condutor naquele momento.

Prisão e próximos passos

Com as provas reunidas, os mandados de prisão foram cumpridos. Os dois homens foram detidos e encaminhados para a Central de Polícia Civil de Campina Grande. Eles agora aguardam a realização de uma audiência de custódia, onde um juiz decidirá sobre a legalidade da prisão e possíveis medidas cautelares.

O caso, que começou como uma grave infração de trânsito, evoluiu para uma investigação criminal devido à fuga do local, ao atropelamento e à posterior tentativa de obstruir a justiça adulterando o veículo envolvido.