Falha em ar-condicionado força transferência de 3 crianças na UTI pediátrica em BH
Falha em ar-condicionado força transferência de crianças na UTI

Uma falha no sistema de ar-condicionado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Infantil João Paulo II, localizado no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, obrigou a transferência de três pacientes na última segunda-feira (29). As crianças foram removidas do local como medida de segurança e encaminhadas para a UTI Pediátrica do Hospital João XXIII, que fica na mesma região da capital mineira.

Problema técnico e resposta imediata

De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), gestora das duas unidades hospitalares, o incidente foi causado por um dos equipamentos de ar-condicionado do setor, que "apresentou sobrecarga e instabilidade no funcionamento". A entidade atribuiu a pane diretamente às "altas temperaturas registradas nos últimos dias" na cidade.

Em nota oficial, a Fhemig informou que a ação de remanejo dos pacientes foi tomada visando garantir o conforto térmico, a segurança assistencial e a qualidade do cuidado prestado. A fundação assegurou que as três crianças continuam recebendo todo o acompanhamento especializado necessário na nova unidade.

A equipe de engenharia e manutenção foi acionada imediatamente para resolver a avaria. A previsão da Fhemig era de que a situação fosse completamente normalizada ainda na segunda-feira, dia 29 de outubro.

Onda de calor histórico em Belo Horizonte

O problema no hospital ocorreu em meio a um alerta de onda de calor que atinge a capital mineira desde a sexta-feira, dia 26. Conforme a Defesa Civil municipal, uma massa de ar quente atua sobre a região, elevando as temperaturas a níveis extremos.

No domingo, 28 de outubro, os termômetros marcaram 35,5ºC na Região de Venda Nova, empatando com a maior temperatura do ano registrada anteriormente no dia 7 de outubro. Para a segunda-feira, 29, a previsão do tempo indicava máxima de 34ºC e umidade relativa do ar mínima em torno de 35% durante a tarde.

Impacto nos serviços de saúde

Este episódio evidencia como os eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, podem pressionar a infraestrutura crítica de serviços essenciais, incluindo os hospitais. A falha em um sistema de climatização em uma área sensível como uma UTI pediátrica exigiu uma resposta rápida e coordenada para não comprometer a saúde dos pacientes internados.

A transferência entre hospitais da mesma rede, como o João Paulo II e o João XXIII, ambos sob gestão da Fhemig, demonstra um protocolo de contingência para situações de emergência, assegurando a continuidade dos cuidados médicos especializados.