O diretor de TV Boninho, de 64 anos, completa um marco importante em sua carreira neste dezembro: um ano de trabalho no SBT. Para celebrar a data, ele foi o convidado especial do programa The Noite com Danilo Gentili, exibido na última quinta-feira, 18 de dezembro.
Uma nova fase e a busca por liberdade
Durante a entrevista, Boninho não economizou elogios à sua nova casa e explicou o principal motivo que o levou a deixar a TV Globo após quatro décadas. "Eu queria ter uma liberdade criativa que já não tinha mais", afirmou o experiente diretor. Ele revelou que, mesmo sendo sondado por outras emissoras, encontrou no SBT, da família Abravanel, o ambiente ideal para suas novas empreitadas.
O sucesso do The Voice Brasil no SBT
Boninho destacou a identidade única do público do SBT e como isso influenciou a produção do reality musical The Voice Brasil, programa que ele comandou por 11 anos na emissora anterior. "O SBT tem um público com um olhar diferente para a música, para o timing e para a edição. Acho que conseguimos trazer um The Voice com a cara do SBT, com excelência e sem fugir do DNA da emissora", explicou.
Os números comprovam o acerto da mudança. A edição atual do programa, já em exibição pelo SBT, alcançou a marca impressionante de 29 milhões de pessoas apenas no primeiro mês no ar. Além do sucesso na TV aberta, a atração lidera as audiências na plataforma de streaming Disney+ e teve todas as suas cotas comerciais esgotadas rapidamente.
Para essa nova fase do formato, Boninho promoveu mudanças significativas. Ele trouxe de volta Tiago Leifert para a apresentação e reformulou completamente a bancada de técnicos, que agora conta com os talentos de Matheus & Kauan, Péricles, Duda Beat e Mumuzinho. A grande final desta temporada está marcada para a próxima segunda-feira, 22 de dezembro, com exibição após o Programa do Ratinho.
O futuro da televisão segundo Boninho
O diretor também compartilhou sua visão sobre os rumos do audiovisual, reforçando uma convicção: o conteúdo é rei. "Para começar, o futuro é conteúdo. Se você tem um programa bacana, as pessoas vão assistir. A televisão está aí e vai continuar. No Brasil, a TV aberta ainda é uma indústria gigantesca", destacou.
Boninho reconhece a concorrência de novas plataformas, mas mantém o otimismo em relação ao meio tradicional. "Existem o YouTube, os streamings e outras opções, mas isso não significa que a TV vai acabar. Se você fizer algo que as pessoas queiram ver, sempre vai existir um telespectador", concluiu. Ele ainda conectou essa filosofia à sua própria trajetória: "Talvez por isso eu tenha saído da TV Globo: eu queria fazer novas experiências, como o The Voice".
Nota: A matéria original da Folhapress também continha um trecho sobre declarações do presidente Lula em defesa das filhas de Silvio Santos, após críticas do cantor Zezé Di Camargo. O foco desta versão, no entanto, foi mantido na entrevista e nas declarações de Boninho sobre sua carreira e o mercado de TV.
