As praias da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, consolidam-se mais uma vez como um dos destinos mais procurados pelos brasileiros para celebrar a chegada do Ano-Novo. O cenário paradisíaco é unanimidade entre moradores e turistas que buscam assistir aos fogos, pular as sete ondas tradicionais ou fazer suas oferendas ao mar. No entanto, para que a confraternização seja apenas alegria, é fundamental planejar com cuidado o que levar para a areia.
Checklist do que é essencial levar
Com base nas orientações da renomada jornalista e consultora em etiqueta Claudia Matarazzo, autora de 22 livros sobre o assunto, o g1 preparou um guia prático. O item mais básico e importante, segundo ela, é uma sacola para recolher o próprio lixo. "As pessoas costumam produzir muito lixo no Réveillon", alerta.
Além do kit de limpeza, a outra bolsa deve conter itens pessoais: dinheiro, cartões e uma muda de roupa. Claudia sugere inclusive levar um maiô seco, caso a pessoa se molhe ao pular as ondas e queira se trocar depois.
Para os lanches e bebidas, a recomendação é optar por um cooler de pequeno a médio porte ou uma bolsa térmica. "Para não ficar uma mudança na noite de Réveillon", brinca a especialista, destacando que modelos grandes ocupam espaço alheio. No interior, o ideal são alimentos leves como frutas secas, nozes e queijos pasteurizados.
Dois itens de segurança completam a lista: um par de chinelos para não andar descalço na areia à noite, e uma lanterna para iluminar o caminho e evitar o uso desnecessário da bateria do celular.
Para quem segue a tradição de fazer oferendas a Yemanjá, flores são permitidas e esperadas. "Mas é importante se atentar para a limpeza da praia antes de ir embora", ressalta Matarazzo.
O que deve ficar em casa: celular, joias e objetos de valor
Assim como há uma lista do essencial, há também uma relação do que é melhor deixar em segurança. A consultora é taxativa: não leve celular, joias ou objetos de valor para a praia.
"Desaconselho celular, assim a pessoa curte os fogos e as pessoas e não tem perigo de perder", explica Claudia. A ausência do aparelho não só previne roubos ou extravios, como também incentiva uma experiência mais imersiva e presente na celebração.
Hidratação e responsabilidade com o lixo são cruciais
Claudia Matarazzo faz um alerta especial sobre hidratação e consumo de álcool. "A única dica que eu daria para noite da virada é evitar beber [álcool] demais. Então, leva muita água", aconselha. A proporção recomendada pela especialista é de duas a três garrafas de água para cada garrafa de espumante consumida.
Outro ponto de extrema importância é a responsabilidade com os resíduos, especialmente garrafas de vidro. "É importante trazer de volta as garrafas de espumante, de vinho, de chopp, do que for", enfatiza. Recolher os próprios resíduos é um ato de cidadania fundamental para preservar o ambiente praiano.
Restrições municipais: som, barracas e fogos
Os foliões devem estar atentos às regras específicas de cada cidade da Baixada Santista. De maneira geral, é proibido o uso de decorações inflamáveis, fogos de artifício e shows pirotécnicos na faixa de areia. A montagem de barracas e tendas na orla também não é permitida.
Em relação ao som, as legislações variam. Em Santos, é necessária uma licença prévia para uso de caixas de som, que deve respeitar o sossego público, sob risco de apreensão do equipamento pela Guarda Civil Municipal (GCM).
Já em São Vicente e Guarujá, a proibição do uso de equipamentos sonoros é total em toda a extensão das praias. Em Itanhaém, não há uma proibição formal, mas a prefeitura realiza patrulhamento para coibir perturbações do sossego alheio.
Com planejamento, consciência e respeito às regras e ao próximo, a virada do ano nas praias de Santos e região pode ser uma experiência inesquecível e positiva para todos.
