O mundo do cinema e do ativismo animal está de luto. Brigitte Bardot, um dos maiores ícones da sétima arte francesa e defensora ferrenha dos animais, faleceu neste domingo, 28 de dezembro de 2025, aos 91 anos de idade. A notícia foi confirmada pela fundação que leva seu nome.
Uma homenagem presidencial à lenda
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a prestar uma emocionada homenagem à estrela. Através de uma publicação na rede social X, o chefe de Estado francês destacou que Bardot "personificava uma vida de liberdade" e lamentou profundamente "a perda de uma lenda do século".
Em sua mensagem, Macron enumerou os elementos que fizeram de Brigitte um símbolo universal: "Os seus filmes, a sua voz, a sua fama deslumbrante, as suas iniciais, as suas tristezas, a sua generosa paixão pelos animais, o seu rosto que se tornou Marianne". Ele finalizou afirmando: "Uma existência francesa, um brilho universal. Ela tocou-nos".
Os detalhes do falecimento e um legado duradouro
A Fundação Brigitte Bardot emitiu um comunicado oficial confirmando o triste acontecimento. A instituição informou que a atriz e cantora mundialmente reconhecida faleceu na manhã deste domingo em sua residência, La Madrague, em Saint-Tropez, no sul da França.
O comunicado também relembrou a decisão transformadora de sua vida: após uma carreira cinematográfica prestigiada e repleta de sucesso, Bardot decidiu abandonar as telas para dedicar toda a sua vida e energia à defesa dos animais, causa que abraçou através de sua fundação.
De sex symbol a ícone ativista
Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, Brigitte Bardot iniciou sua trajetória no cinema em 1952, com o filme "The Girl In The Bikini". Sua beleza e carisma a catapultaram rapidamente ao status de sex symbol internacional durante as décadas de 1950 e 1960.
Foi em 1957, porém, que ela conquistou fama global ao estrelar o polêmico e revolucionário filme "E Deus... Criou a Mulher", dirigido por Roger Vadim. O longa-metragem não só consolidou sua posição como estrela, mas também a tornou um símbolo da liberdade sexual e do espírito rebelde de uma época.
A transição de sua imagem pública, de estrela de cinema a ativista dedicada, é uma das facetas mais marcantes de sua biografia. Seu rosto, que um dia foi escolhido para representar a Marianne, símbolo nacional da França, passou a ser mais associado às campanhas incansáveis em prol do bem-estar animal.
A partida de Brigitte Bardot encerra um capítulo da história cultural do século XX, mas seu legado – tanto no cinema quanto na defesa de suas causas – permanecerá como testemunho de uma vida vivida com intensidade e convicção.