Servidor da CGU agride ex-namorada e filho de 4 anos no DF; ministro determina investigação
Servidor da CGU agride ex-namorada e filho no DF

Um servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) foi flagrado agredindo a ex-namorada e o filho dela, uma criança de apenas quatro anos, em um estacionamento de prédio no Distrito Federal. O caso, registrado por câmeras de segurança, ocorreu na noite do dia 7 de dezembro, em Águas Claras, e gerou rápida reação do ministro da pasta.

Detalhes do caso de violência em Águas Claras

O agressor foi identificado como David Cosac Júnior, de 49 anos. As imagens de segurança, que circularam amplamente, mostram o momento das agressões. Um morador do condomínio testemunhou o ocorrido e fez a denúncia às autoridades. A Polícia Civil do Distrito Federal já iniciou a investigação criminal do caso.

O episódio violento aconteceu em um espaço comum do prédio, o que aumentou a gravidade e o impacto da ação. As câmeras capturaram as cenas que, posteriormente, se tornaram provas fundamentais para a apuração.

Posicionamento imediato do ministro da CGU

O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, se manifestou de forma contundente após tomar conhecimento dos fatos. Em nota oficial, ele classificou as agressões como "fatos gravíssimos e inaceitáveis" e deixou claro que violência contra a mulher e crianças é crime.

Carvalho enfatizou que não se trata de um mero desentendimento pessoal, mas de uma agressão que viola a lei e afronta a dignidade humana. Ele reafirmou que o enfrentamento à violência contra a mulher é prioridade do Governo Federal e um dever das instituições públicas.

Medidas administrativas determinadas pela CGU

O ministro determinou uma série de providências administrativas imediatas contra o servidor, considerando uma suposta violação grave aos deveres funcionais. As principais medidas anunciadas foram:

  • Encaminhamento do caso à Corregedoria-Geral da União (CRG) e à Comissão de Ética da CGU para abertura de investigação preliminar.
  • Revogação imediata da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata, com publicação em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
  • Proibição de ingresso do servidor nos prédios da CGU enquanto as apurações estiverem em andamento, para preservar o ambiente institucional.

O ministro afirmou que a CGU vai acompanhar todo o desdobramento do caso e adotar todas as medidas cabíveis dentro de suas atribuições, com rigor e respeito ao devido processo legal.

Investigação em andamento e contexto

O caso agora segue em duas frentes principais: a investigação criminal, sob responsabilidade da Polícia Civil, e a apuração administrativa e ética, conduzida internamente pela Controladoria-Geral da União. A CGU destacou seu compromisso com os direitos humanos, a ética e a integridade do serviço público, afirmando que não se omitirá diante de episódios como este.

O fato ocorre em um momento de amplo debate sobre a violência doméstica no Brasil e coloca em evidência a conduta esperada de servidores públicos, especialmente daqueles que atuam em órgãos de controle e integridade.