Pastor de 79 anos preso em Nova Lima por suspeita de estupro de duas irmãs
Pastor preso por suspeita de estupro de vulneráveis em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu, na última segunda-feira (22), um mandado de prisão preventiva contra um pastor de 79 anos, suspeito de cometer estupro de vulnerável contra duas irmãs. A ação ocorreu no bairro Retiro, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Detalhes das acusações e relatos das vítimas

Conforme as investigações, as vítimas são duas irmãs, que atualmente têm 16 e 20 anos. O pai delas foi quem registrou a ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Lima. Segundo a delegada Mellina Clemente, o suspeito tinha livre acesso à residência da família e gozava da confiança dos pais para cuidar das jovens.

As investigações, que começaram há menos de um mês, revelaram um padrão de abusos que teria se iniciado quando as meninas tinham apenas 10 anos. A adolescente mais nova, hoje com 16, contou recentemente ao pai que o pastor a levava para a própria casa e lá praticava os atos abusivos.

"A menina disse que o homem se despia, acariciava o corpo dela e pedia para que ela deixasse as roupas íntimas usadas para ele", detalhou a delegada Mellina Clemente em coletiva. O relato da irmã mais nova encorajou a outra jovem, hoje com 20 anos, a revelar que também foi vítima de abusos dos 10 aos 16 anos, seguindo o mesmo modus operandi.

Investigação e prisão preventiva

Com base nas denúncias, a Polícia Civil realizou o depoimento especial das vítimas e solicitou à Justiça a prisão preventiva do líder religioso. O pedido foi fundamentado pelas apurações do inquérito policial, que rapidamente coletou elementos considerados robustos.

O suspeito, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, foi ouvido e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional. Ele permanece à disposição da Justiça enquanto as investigações continuam para esclarecer todos os fatos, conforme informou a instituição policial.

Histórico e impacto nas vítimas

A delegada relatou que, já em 2020, o pai das jovens percebeu mudanças no comportamento da filha mais nova, incluindo uma queda no rendimento escolar. Na época, a adolescente iniciou acompanhamento psicológico, mas se mantinha em silêncio sobre o que havia acontecido.

O caso evidencia a violação de confiança e a vulnerabilidade explorada pelo suspeito, que se aproveitava de sua posição de autoridade religiosa e da proximidade com a família. A polícia reforça a importância da denúncia para que crimes dessa natureza sejam investigados e os responsáveis, responsabilizados.