Israel prende 50 membros do Hamas por planejamento de atentados
Israel prende 50 do Hamas por planejar ataques

As forças de segurança de Israel realizaram uma série de operações na região de Belém, na Cisjordânia, resultando na prisão de aproximadamente 50 integrantes do Hamas. As ações ocorreram nas últimas semanas e impediram ataques terroristas que estavam em fase avançada de planejamento.

Operação conjunta evita tragédia

O serviço de inteligência israelense Shin Bet divulgou nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, que os suspeitos detidos planejavam ataques a tiros contra civis e militares israelenses. As prisões aconteceram em 15 operações distintas, realizadas em conjunto com as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a Polícia Nacional.

De acordo com as investigações, os líderes do Hamas na Cisjordânia recrutavam e treinavam células armadas, adquiriam armamento e organizavam atentados. "Uma das células estava em estágio avançado de prontidão para realizar ataques em curto prazo", afirmou a agência em comunicado oficial.

Armas apreendidas e investigações em andamento

Durante as operações, as forças de segurança apreenderam diversas armas e munições. Todo o material coletado durante as investigações foi encaminhado à Procuradoria Militar, que agora analisa as acusações formais contra os detidos.

O Shin Bet destacou que as operações impediram "grandes ataques com tiros e explosivos" que poderiam ter resultado em um número elevado de vítimas entre civis e militares. A ação representa um golpe significativo nas estruturas terroristas do Hamas na região.

Contexto do conflito e tensões regionais

Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o sul de Israel iniciando a guerra em Gaza, milhares de palestinos foram detidos na Cisjordânia. Muitos são acusados de ligação com o grupo terrorista.

Mesmo com o cessar-fogo a partir de 10 de outubro, o Exército israelense afirmou ter prendido 442 pessoas apenas naquele mês. O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina informa que cerca de 1.000 palestinos foram mortos na região durante o conflito na Faixa de Gaza.

Israel sustenta que a maioria das vítimas eram homens armados mortos em confrontos com agentes de segurança ou envolvidos em ataques. Desde 7 de outubro de 2023, 62 israelenses, incluindo soldados, morreram em atentados e combates na região.

Enquanto as forças israelenses intensificam as operações contra o Hamas, cresce também a tensão entre colonos israelenses e palestinos na Cisjordânia. Nas últimas semanas, houve um aumento de ataques de colonos durante a colheita de azeitonas, época tradicionalmente marcada por conflitos.

Dados oficiais registram 704 incidentes de "crimes nacionalistas" desde o início do ano, superando o total de 2024. Paradoxalmente, o número de investigações abertas pela polícia caiu 73% desde 2023, sob a gestão do ministro da Segurança Itamar Ben-Gvir, conhecido por sua postura ultranacionalista e anti-palestinos.